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- 27 de outubro de 2015
16h30 F-210 -
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Paulo Farinas
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DF-UFSCar
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Ferromagnetismo:
um exemplo 'completo' de quebra espontâne de simetria?
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A supercondutividade constitui um exemplo
de quebra espontânea de simetria cujos modos coletivos
tem gap (massa) no espectro e o seu mecanismo engendra
analogias bastante diretas com o mecanismo de Higgs
de geração de massa. Historicamente, o entendimento
da supercondutividade inspirou trabalhos em física
de partículas, que se iniciaram com Nambu e
Jona-Lasinio, e cujo desenvolvimento levou à
resolução do conflito entre massas observadas
e a necessidade da existência de modos não
massivos (Nambu -Goldstone) em um estado proveniente
de quebra espontênea de simetria. Num outro ângulo, é
comum usar-se o ferromagnetismo como exemplo de
quebra espontânea de simetria e suas consequências, devido
à sua simplicidade e importância básica. -
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Nesta palestra, pretendo ilustrar o
paralelismo entre algumas dessas idéias em duas áreas de
pesquisa, sempre com o olhar do físico de matéria
condensada. Mostrarei alguns resultados da teoria de
líquidos de Fermi ferromagnéticos sobre os
quais pode-se argumentar a existência de um
modo massivo no ferromagnetismo (além do modo usual,
não massivo). Trata-se de um modo longitudinal (de
amplitude) do parâmetro de ordem e portanto um modo do
tipo "Higgs". No entanto, ilustrarei que,
mesmo em regimes de interação forte, o modo
de Goldstone prevalece, o que aparentemente
impede completar a analogia para dizer que há um
mecanismo de formação de massa no caso ferromagnético.
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